No coletivo cada pessoa participa do destino político de sua sala. Pensar local, agir global.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Fasubra orienta mobilização contra Ebserh
A Federação de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) realiza no próximo dia 5 de outubro o Dia nacional de Luta contra a Ebserh e em Defesa dos Hospitais Públicos.
Adua critica Política de Inovação Tecnológica da Ufam
Em reunião ocorrida na quarta-feira, 21, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Amazonas (Consuni) aprovou sua Política Institucional de Inovação Tecnológica. A decisão inclui a criação da Pró-reitoria de Inovação Tecnológica, que a partir de agora será responsável pelo gerenciamento de recursos com fins de inovação, estabelecimento de mecanismos de cooperação, contribuição para a ampliação do debate sobre propriedade intelectual, dentre outras competências.ionamento do sindicato perante os rumos tomados pelo debate sobre a política da inovação tecnológica na Ufam. Em documento lido aos membros do conselho, o professor afirmou que a posição do movimento docente perante o assunto já foi objeto de discussão em suas instâncias regimentais e que a avaliação é de combater toda forma de mercantilização que se insira nas universidades públicas. Esta é uma posição histórica do movimento docente – a de lutar contra as tentativas de mercantilização e privatização na universidade”, disse o professor. Por conta desses fatores, a Adua manteve sua oposição à política delineada a partir das propostas debatidas no Consuni, uma vez que não obedecem de todo aos princípios de uma universidade pública e autônoma.
O presidente da Adua e membro do Consuni, professor Antonio Neto, expressou na ocasião o posic
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
GREVE EM RONDÔNIA -- Pedido de notas de apoio e solidariedade
Postado por Allison Diôni no facebook.
Colegas das Ciências Sociais do Norte do Brasil, queria lhes pedir uma grande ajuda.
Sou estudante da UNIR (Federal de Rondônia) e quarta-feira passada foi deflagrada uma greve pelos estudantes e professores daqui da Universidade.
As reivindicações da greve referem-se essencialmente à questão da infra-estrutura da Universidade, que está precária, o que nos remete ao problema da implantação do REUNI nas Universidades Federais. Como se não bastasse isso, ainda temos sérios problemas de corrupção nas esferas administrativas superiores da Universidade.
A greve está tendo grande repercussão aqui no Estado de Rondônia, mas temos tido certas dificuldades em expandir as informações que lhe referem ao restante do país.
Nisso, gostaria de pedir a todos os colegas da área que articulem-se junto aos seus CA's, DA's e DCE's no sentido do envio de notas de apoio e solidariedade ao movimento que estamos desenvolvendo. Além disso, peço que, caso possível articulem estes documentos junto a entidades de representação estudantil no restante do país com as quais eventualmente venham a ter contato.
Para o caso de dúvidas, peço que retornem o contato.
Segue o blog da greve: http://grevenaunir.blogspot.com/
E o site do DCE/UNIR: http://www.dceunir.blogspot.com/
Em ambos podem ser encontradas informações sobre a greve
Quanto às notas, deverão ser enviadas ao e-mail dceunir@yahoo.com.br
Saudações de luta!
Colegas das Ciências Sociais do Norte do Brasil, queria lhes pedir uma grande ajuda.
Sou estudante da UNIR (Federal de Rondônia) e quarta-feira passada foi deflagrada uma greve pelos estudantes e professores daqui da Universidade.
As reivindicações da greve referem-se essencialmente à questão da infra-estrutura da Universidade, que está precária, o que nos remete ao problema da implantação do REUNI nas Universidades Federais. Como se não bastasse isso, ainda temos sérios problemas de corrupção nas esferas administrativas superiores da Universidade.
A greve está tendo grande repercussão aqui no Estado de Rondônia, mas temos tido certas dificuldades em expandir as informações que lhe referem ao restante do país.
Nisso, gostaria de pedir a todos os colegas da área que articulem-se junto aos seus CA's, DA's e DCE's no sentido do envio de notas de apoio e solidariedade ao movimento que estamos desenvolvendo. Além disso, peço que, caso possível articulem estes documentos junto a entidades de representação estudantil no restante do país com as quais eventualmente venham a ter contato.
Para o caso de dúvidas, peço que retornem o contato.
Segue o blog da greve: http://grevenaunir.blogspot.com/
E o site do DCE/UNIR: http://www.dceunir.blogspot.com/
Em ambos podem ser encontradas informações sobre a greve
Quanto às notas, deverão ser enviadas ao e-mail dceunir@yahoo.com.br
Saudações de luta!
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Fórum Universitário UFAM
"As transformações não se concedem; Conquistam-se!"
ESTÁ NO AR O BLOG DO FÓRUM!!! ACESSE AGORA: Fórum Universitário UFAM
ESTÁ NO AR O BLOG DO FÓRUM!!! ACESSE AGORA: Fórum Universitário UFAM
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Seria cômico se não fosse trágico...
Em meio a uma ebulição de discussões sobre a educação no país, principalmente no ensino superior, um grupo de jovens surge para mostrar que a situação é pior do que se imaginava...
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/extrema-direita-universitaria-se-alia-a-skinheads/n1597226175495.html
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/extrema-direita-universitaria-se-alia-a-skinheads/n1597226175495.html
Coletivo Paralisar para Mobilizar - UFRB
No dia 1º de setembro de 2011, estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Assembleia Geral, deliberaram por Paralisar para Mobilizar.
O indicativo de paralisação concretizou-se a partir da percepção de que não se podia esperar mais para lutar pelas melhorias na Universidade. Da pauta da ocupação de 2008, apenas 20% das reivindicações foram atendidas. Desde então, diálogos têm sido estabelecidos com a Reitoria sem retorno algum, protelando assim a execução de reinvindicações básicas dos estudantes, a exemplo da construção de Restaurantes Universitários, Residências, ampliação de bolsas, aumento do acervo bibliográfico, dentre outras.
Em 2011, com o diagnóstico das carências, verificou-se uma situação limite: há Cursos que não possuem a mínima estrutura material para desenvolver as atividades práticas do seu currículo! Como prosseguir com as aulas? Qual tipo de aula se propõe uma Universidade que não garante as condições elementares para o Ensino?
Matéria Completa: Centro de Mídia Independente
Link: Ocupação UFAL 2011
Semana de Ciências Sociais
Amanhã começam as inscrições.
Participe das discussões sobre o Projeto Político-Pedagógico que acontecerão durante a semana de sociais.
Todos lá!
Bertold Brecht
Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis
domingo, 25 de setembro de 2011
Link: Informe e Crítica
"'INFORME E CRÍTICA' é um espaço para informações e divulgação de eventos e publicações, bem como de análise e crítica de livros, filmes, arte, cultura, acontecimentos, teorias, ideologias e situação política"
Nildo Viana é professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), disponibiliza em seu blog - além de artigos, links e videos - seus livros para download.
Informe e Crítica - Nildo Viana
sábado, 24 de setembro de 2011
Assembleia Geral de Estudantes
Atenção estudante:
Sem união, nem organização, estamos fadados aos caminhos da incoerência. O coletivo somos todos nós!
Local: Sala 07
Dia: 27/09/2011
Hora: 10:00h
Sugestão de metodologia:
10:00h Primeira Chamada
10:10h Segunda Chamada
1. Informes
2. Discussão do CACS
3. O que houver
Participe da construção do coletivo!
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Portal UOL: As 10 piores cidades do mundo para se viver
O instituto Economist Intelligence divulgou um relatório listando as 140 melhores cidades do mundo para se viver. Confira fotos das 10 piores cidades do mundo para se viver.
Fotos
Fotos
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Cinclube ICHL LIVRE e Fórum Universitário UFAM
Atenção estudante: Segunda-feira, 26/09/2011
Exibição do documentário "Meia-Passagem 2009"
O documentário foi produzido em 2009 durante as manifestações que sacudiram Manaus naquele ano. O surgimento do Movimento Meia-Passagem (MMP) marcou uma ruptura com as entidades representativas dos universitários. Novas formas de organização ganharam força, que buscavam construir na base da universidade, um movimento estudantil impulsionado nos corredores da mesma. Contando com entrevistas e atos de rua, promovidos pelo MMP, o documentário nos permite exercitar a memória a compreender seus avanços e limites
e FÓRUM UNIVERSITÁRIO UFAM
"Estudos para a construção de uma universidade para a sociedade!
Fórum permanente de discussões e Grupo de trabalhos.
Programação: "Funcionamento Burocrático da UFAM - Regimento interno e estatuto"
Exposição e discussão dos GT's:
1. GT Meio Ambiente;
2. GT Transportes;
3. GT Recursos Humanos;
4. GT Privatizações;
* O que houver
Quando: 26 de Setembro de 2011, às 16h.
Onde: Hall do ICHL.
Exibição do documentário "Meia-Passagem 2009"
O documentário foi produzido em 2009 durante as manifestações que sacudiram Manaus naquele ano. O surgimento do Movimento Meia-Passagem (MMP) marcou uma ruptura com as entidades representativas dos universitários. Novas formas de organização ganharam força, que buscavam construir na base da universidade, um movimento estudantil impulsionado nos corredores da mesma. Contando com entrevistas e atos de rua, promovidos pelo MMP, o documentário nos permite exercitar a memória a compreender seus avanços e limites
e FÓRUM UNIVERSITÁRIO UFAM
"Estudos para a construção de uma universidade para a sociedade!
Fórum permanente de discussões e Grupo de trabalhos.
Programação: "Funcionamento Burocrático da UFAM - Regimento interno e estatuto"
Exposição e discussão dos GT's:
1. GT Meio Ambiente;
2. GT Transportes;
3. GT Recursos Humanos;
4. GT Privatizações;
* O que houver
Quando: 26 de Setembro de 2011, às 16h.
Onde: Hall do ICHL.
Coletivo Autonomia Libertária, Coletivo Autônomo de Ciências Sociais (CACS), Centro Acadêmico de Geografia (CEGEO), Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPE), Centro Estudantil e Cultural de Letras do Amazonas (CECLA).
[Grécia] A educação gratuita e o asilo universitário foram eliminados com uma lei ultradireitista”
Em 24 de agosto foi votado, com pressa e por maioria, o projeto de lei de Educação Superior. É uma lei que converte as universidades, por completo, em presas do desenvolvimento capitalista. Necessitam de alguns analfabetos, totalmente especializados e escravos dóceis das empresas e do capital. Este é o único objetivo do novo projeto de lei de Educação Superior. Com as necessárias cláusulas suplementares, ou seja, as exigências ultradireitistas de eliminação de asilo, os partidos burgueses que se alternam no poder, juntamente com o partido fascista Laos, concordaram em votar o projeto de lei mais conservador que já se apresentou até hoje.
Apenas dois dias foram suficientes para eliminar a Educação Pública e expulsar das universidades o livre intercâmbio de idéias. Os partidos que aspiram tomar o poder e seus lacaios estão comemorando o consenso oficialmente alcançado, pela primeira vez, para implementar um projeto de lei que:
• Elimina diretamente a Educação Pública gratuita, abrindo caminho para a imposição de taxas, incluindo em estudos universitários anteriores à pós-graduação.
• Elimina a distribuição gratuita de anotações e livros acadêmicos, bem como a maioria dos benefícios para os estudantes.
• Elimina completamente o asilo universitário¹.
• Conduz à degradação total dos diplomas universitários, mediante a eliminação de departamentos e grupos universitários.
• Promove uma administração centralizada e oligárquica nas universidades, nas quais os empresários, gestores e políticos desempenharão o papel mais importante, enquanto os alunos terão um papel simbólico.
• Legitima as escolas privadas, pela porta de trás, já que lhes dá a oportunidade de seus alunos ingressarem no ensino superior, confirmando mais uma vez o caráter classista da educação.
• O Poder, através do novo projeto de lei, e com a colaboração entre eles, competindo a quem irá conduzir a política mais ultradireitista, afirma novamente que pretende “curar as patogenias” da educação em nosso país, lembrando muito a um velho aspirante a cirurgião-curador².
Toda esta ofensiva ao setor da educação, no entanto, vem como uma peça a mais da reestruturação violenta do sistema e como tal deve ser enfrentada. Coletiva e combativamente, contra a guerra que nos declararam, contra a ocupação política e econômica que estão impondo.
Novas perspectivas para as Ciências Sociais no Brasil
Novas perspectivas para as Ciências Sociais no Brasil[1]
As Ciências Sociais nasceram em meados do século XIX na Europa, com a proposta de estudar e compreender os aspectos da sociedade e do homem como indivíduo social. Sua chegada ao Brasil se deu no início do século XX, mais especificamente na década de 1930, mesma década em que foi fundada a Sociedade de Sociologia de São Paulo.
Durante um período de 30 anos, as Ciências Sociais foram crescentes no cenário político brasileiro e cada vez mais se contava com a presença maior de sociólogos nos debates sobre a realidade do país. Com o golpe de 64, veio a supressão da democracia e a perseguição sistemática àqueles que eram contra o regime militar. Com a repressão que marcou o regime, as ciências humanas sofreram graves intervenções do governo, sendo censuradas as opiniões que levavam a reflexões crítica sobre o contexto. A sociedade brasileira foi submetida ao terror de Estado e à tortura, prática cruel e desumana que recaiu sobre os críticos da área de ciências humanas.
Tendo em vista esse panorama de terror, a produção acadêmica na área de Ciências Sociais tornou-se restrita e somente a partir da segunda metade da década de 80, com o fim da ditadura e a redemocratização do país, o cientista social pôde voltar ao cenário político.
O aluno do curso de Ciências Sociais
É importante ressaltar que o curso de Ciências Sociais tem como critério desenvolver habilidades profissionais que abarquem amplos horizontes de conhecimento. Lembrando que o profissional dessa área atua com uma preocupação especial em compreender o funcionamento da sociedade, na procura de valorizar o homem e ajudá-lo a superar os problemas contemporâneos. No caso da Universidade Cruzeiro do Sul, o curso tem no tripé de formação disciplinas básicas que estudam as relações humanas em diferentes dimensões: Sociologia, Antropologia e Ciência Política. Além dessas três disciplinas, o curso dispõe de áreas afins, bem como das interfaces entre elas.
Na tentativa de criar um perfil do aluno do curso de Ciências Sociais, tomando por amostragem os resultados obtidos com a pesquisa realizada neste ano de 2009 entre os estudantes do 1º e 3º semestres desta universidade, o que nos salta aos olhos, numa primeira análise, é que este perfil é relativamente heterogêneo.
A faixa etária da maior parte dos alunos fica entre 17 a 26 anos. Entretanto, os alunos com mais de 32 anos somam 21% do total. Apesar da procura, em geral, pelo público jovem, 42% dos estudantes do curso já possuem um diploma de ensino superior. Pouco menos da metade dos discentes em Ciências Sociais fala outro idioma, sendo esse, para a maioria, a língua inglesa, seguida pela espanhola e também a francesa.
Além da Universidade Cruzeiro do Sul, 65% dos alunos prestaram vestibular em outras instituições, em grande maioria, públicas. Nenhum aluno matriculado apresenta como renda familiar menos de um salário mínimo, sendo que a maioria, 47%, possui renda familiar de mais de seis salários mínimos. Mais da metade dos alunos realiza algum tipo de atividade remunerada.
Como é comum aos cursos de ciências humanas, a carga de leitura mensal dos alunos é grande: 37% responderam ler três ou mais livros, quase o dobro da média nacional que é de até dois livros, enquanto a opção "nenhum" não foi assinalada dentre os estudantes pesquisados. Por outro lado, a carga de leitura do curso foi apontada como a maior dificuldade encontrada no curso até o presente momento, seguida pela complexidade dos temas tratados em sala.
Áreas de atuação e perspectivas
Atualmente, a procura pelo curso de Ciências Sociais no Brasil vem aumentando a cada ano. Além do interesse do próprio aluno pelas disciplinas oferecidas e da necessidade de se complementar a formação social e profissional do estudante, há também a valorização da pesquisa acadêmica por órgãos públicos e privados e, em termos, o mercado de trabalho também tem se tornado favorável.
Com a implementação da disciplina de Sociologia na maioria das escolas de ensino fundamental e médio, a demanda por professores da área cresceu, assim como a demanda por pesquisadores em áreas abrangentes como Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social, adotadas por empresas públicas e privadas.
Também é resultado da valorização do cientista social, a crescente procura por estes profissionais nos editais de concursos de órgãos governamentais como a FUNAI, Petrobrás, prefeituras etc.
Oportunidades no Terceiro Setor
O terceiro setor não é uma realidade nova nem pouco importante. Vários segmentos sociais, como empresas, igrejas e entidades das mais diversas, investem há décadas em iniciativas cujo impacto social está longe de ser desprezível. Podemos refletir sobre a criação do Estado de bem-estar social, criado, no Brasil, a partir de Getúlio Vargas, motivado por uma dinâmica mundial resultante de fatores como a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, seguida da grande depressão da década de 1930, o que acarretou numa imensa onda de demissões em massa levando, assim, a preocupação por parte de muitos Estados a adotarem políticas públicas que protegessem e garantissem alguns direitos dos trabalhadores demitidos. Assim, foi criada a CLT[2], o seguro desemprego, entre outros benefícios sociais. Essas manobras governamentais foram sendo progressivamente desvinculadas à medida que as teorias do neoliberalismo foram ganhando força mundialmente e o assunto retornou à pauta diante da crise mundial que vem sendo enfrentada em tempos atuais, desde o fim do ano passado, agravando-se em 2009.
Com o fim da segunda grande guerra mundial; a bipolarização da política mundial (socialismo de um lado e capitalismo do outro), a nova ordem vigente, a corrida armamentista, as exigências dos mercados cada vez mais pela não intervenção estatal, as redes sociais do Estado nas décadas de 80 e 90, começam a perder força, privatizações aconteceram em setores essenciais, como comunicações e energia.
O Estado brasileiro diminuiu sua capacidade de ação sobre a sociedade em geral, em particular sobre os oprimidos e as minorias. O sistema de saúde público foi deteriorado, a educação sucateada, tivemos um défit na previdência social nunca visto antes. Abriu-se assim um terreno enorme para ações de organizações e entidades não governamentais, fomentadas justamente por esta ausência do aparelho estatal.
O cientista social, vinculado e fazendo parte desta sociedade, está plenamente apto para formular teorias e estudos sobre os fenômenos sociais, tentando explicar as causas e conseqüências de processos complexos. Além disso, o objeto de pesquisa passou a ser, para o cientista social nesse novo momento, muito mais que um simples objeto teórico acadêmico; agora o terceiro setor, por exemplo, é um nicho mercadológico para a ação deste profissional.
Ampliou-se assim o campo de atuação deste segmento profissional, restrito anteriormente às universidades e órgãos públicos, passando a atuar também em organizações não governamentais em várias áreas, agregando seu conhecimento ao de outros profissionais como pedagogos, economistas, psicólogos, assistentes sociais entre outros; evidenciando a tendência de que para se tratar de questões sociais é necessário cada vez mais abordagens multidisciplinares, cada um no seu espaço de atuação mas que todos consigam dialogar em prol de um objetivo comum.
Pesquisa e Desenvolvimento Científico
As pesquisas acadêmicas realizadas pelo cientista social são de grande relevância para a sociedade mundial e para realidades locais em que está inserido, pois transforma informações, dados e aspectos gerais e específicos em novos conhecimentos, por meio da análise científica. Os objetos de análise são diversos e estudados por vieses também diferenciados, o que, em um sentido pragmático, auxilia a sociedade com ferramentas para tratar de seus conflitos e interesses. A produção de novos conhecimentos também é essencial para a compreensão e superação dos paradigmas vigentes.
Diante disso, o desenvolvimento de projetos deve ser elaborado por profissionais capacitados que compreendam a sociedade e seus indivíduos. Nesse contexto o cientista social, por meio de sua visão ampla da área de Ciências Humanas, torna-se o mais apto a compreender necessidades, desenvolver pesquisas e elaborar projetos propondo saídas que visam melhorias para a sociedade.
O ‘renascimento' das ciências sociais vem de encontro às necessidades de capacitação intelectual para analisar as transformações sociais, mas também o crescimento da área demonstra que o desenvolvimento do Brasil, com avanços tecnológicos em diversos setores da economia, coloca o país em evidência no cenário mundial ao lado de outros dois gigantes como a China e a Índia, que estão se mostrando mais do que grandes mercados consumidores. No caso brasileiro, são também uma fábrica de futuros pesquisadores, cientistas e pensadores, com idéias inovadoras e criativas características de uma sociedade jovem com um novo olhar sobre o futuro, sem esquecer as experiências do passado.
[1] Artigo elaborado pelos alunos do 3º semestre do curso de Ciências Sociais da Univ. Cruzeiro do Sul: André Lacreta Aly, Ariela Karani Batista, Cintia Migliorini Lins, Daniela di Creddo Máximo, Magda de Aquino Silva, Renata Barros da Silva e Renata Cristina Ciccone, sob a supervisão do Professor Silvio Pinto Ferreira Junior responsável pelas disciplinas de Sociologia e Metodologia de Pesquisa.
[2] Consolidação das leis de trabalho.
Descrição
Artigo elaborado pelos alunos do 3º semestre do curso de Ciências Sociais da Univ. Cruzeiro do Sul: André Lacreta Aly, Ariela Karani Batista, Cintia Migliorini Lins, Daniela di Creddo Máximo, Magda de Aquino Silva, Renata Barros da Silva e Renata Cristina Ciccone, sob a supervisão do Professor Silvio Pinto Ferreira Junior responsável pelas disciplinas de Sociologia e Metodologia de Pesquisa.
PL que privatiza hospitais universitários é aprovado
PL que privatiza hospitais universitários é aprovado
Mesmo sob forte rejeição das entidades representativas dos trabalhadores da educação e da saúde, que argumentam que o Projeto de Lei 1749/2011 abre espaço para a privatização dos Hospitais Universitários (HU), os deputados federais aprovaram na noite desta terça-feira (20) o PL que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A matéria segue agora para votação no Senado.
Entidades são barradas na Câmara
Na última semana, a Comissão Especial estabelecida para analisar e votar o PL 1749/2011 suspendeu duas vezes os trabalhos, após manifestantes impedirem a votação. Diversas entidades representativas dos servidores públicos federais ligados à educação e saúde, inclusive o ANDES-SN, participaram de atos contra a aprovação do projeto. As manifestações foram compostas majoritariamente por representantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), que na última reunião da comissão (14/9) levou cerca de 500 técnicos administrativos ao Plenário.
Com a votação frustrada, na quarta-feira (14) o presidente da comissão, deputado Rogério Carvalho (PT-SE), disse que encaminharia o projeto para apreciação do Plenário da Câmara. Com isso, o PL não seria mais votado na comissão especial.
No entanto, nesta terça-feira (20), em uma manobra para tentar barrar os manifestantes que ocupavam o Congresso Nacional com faixas e cartazes, a comissão se reuniu em sala fechada. Tanto o ANDES-SN quanto a Fasubra foram proibidos de entrar para acompanhar a reunião. Sob forte esquema de segurança e aprovou o PL 1749/2011, por 13 votos a 4.
Votaram a favor os deputados Devanir Ribeiro, Newton Lima, Rogério Carvalho, Danilo Forte, Osmar Terra, Roberto Britto, Dr. Paulo César, Ribamar Alves, Nazareno Fonteles, Geraldo Resende, Darcísio Perondi, Dr. Ubiali e Manato. Votaram contra os deputados Raimundo Gomes de Matos, João Ananias, Marcus Pestana e Mandetta.
O texto seguiu então ao Plenário da Câmara, que aprovou o substitutivo do deputado Danilo Forte (PMD-CE) para o Projeto de Lei 1749/11com 240 favoráveis, 112 contrários e 4 abstenções, totalizando 356 votos. Clique aqui e confira lista com o voto de cada deputado.
PL ameaça qualidade do serviço público
Apesar de o texto prever genericamente que a Ebserh deverá respeitar o princípio da autonomia universitária ao administrar os hospitais universitários (HU) federais, a empresa seguirá as normas de direito privado e ainda facilitará a terceirização da mão de obra nos HU, que passarão a ser administrados sob a ótica mercadológica e não mais educativa, com função social.
Para as entidades críticas ao PL 1749/2011, essa inversão de valores favorecida pela criação da Ebserh, coloca em sério risco a qualidade do ensino, pesquisa e extensão praticados nessas unidades, comprometendo os serviços oferecidos nos Hospitais Universitários, através do Sistema Único de Saúde (SUS), que são fundamentais para grande parte da população brasileira.
“O PL não só levará à deterioração das relações de trabalho e da carreira dos trabalhadores dos HU por legalizar a contratação via CLT, como também fere a autonomia de forma contundente ao admitir ingerência nas atividades da universidade, bem como a cessão de direitos sobre a produção científica nos hospitais, principal campo de criação do conhecimento na área da saúde”, destaca Maria Suely Soares, terceira tesoureira do ANDES-SN.
Histórico
O PL foi encaminhado ao Congresso, em caráter de urgência, pela presidente Dilma Rousseff em substituição a Medida Provisória 520/2010. A atitude foi considerada, pelos contrários à criação da Ebserh, como uma retaliação do governo, após a derrota amargada com a queda da MP.
A medida provisória foi assinada pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva, ao final de seu mandato, no dia 31 de dezembro. Após ser aprovada na Câmara, apesar da grande pressão do movimento sindical para que os deputados vetassem a proposta, a MP 520/2010 acabou perdendo validade quando estava em debate no Senado e não chegou a ser votada pelos senadores, em 01 de junho.
Fonte: Andes-SN
Mesmo sob forte rejeição das entidades representativas dos trabalhadores da educação e da saúde, que argumentam que o Projeto de Lei 1749/2011 abre espaço para a privatização dos Hospitais Universitários (HU), os deputados federais aprovaram na noite desta terça-feira (20) o PL que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A matéria segue agora para votação no Senado.
Entidades são barradas na Câmara
Na última semana, a Comissão Especial estabelecida para analisar e votar o PL 1749/2011 suspendeu duas vezes os trabalhos, após manifestantes impedirem a votação. Diversas entidades representativas dos servidores públicos federais ligados à educação e saúde, inclusive o ANDES-SN, participaram de atos contra a aprovação do projeto. As manifestações foram compostas majoritariamente por representantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), que na última reunião da comissão (14/9) levou cerca de 500 técnicos administrativos ao Plenário.
Com a votação frustrada, na quarta-feira (14) o presidente da comissão, deputado Rogério Carvalho (PT-SE), disse que encaminharia o projeto para apreciação do Plenário da Câmara. Com isso, o PL não seria mais votado na comissão especial.
No entanto, nesta terça-feira (20), em uma manobra para tentar barrar os manifestantes que ocupavam o Congresso Nacional com faixas e cartazes, a comissão se reuniu em sala fechada. Tanto o ANDES-SN quanto a Fasubra foram proibidos de entrar para acompanhar a reunião. Sob forte esquema de segurança e aprovou o PL 1749/2011, por 13 votos a 4.
Votaram a favor os deputados Devanir Ribeiro, Newton Lima, Rogério Carvalho, Danilo Forte, Osmar Terra, Roberto Britto, Dr. Paulo César, Ribamar Alves, Nazareno Fonteles, Geraldo Resende, Darcísio Perondi, Dr. Ubiali e Manato. Votaram contra os deputados Raimundo Gomes de Matos, João Ananias, Marcus Pestana e Mandetta.
O texto seguiu então ao Plenário da Câmara, que aprovou o substitutivo do deputado Danilo Forte (PMD-CE) para o Projeto de Lei 1749/11com 240 favoráveis, 112 contrários e 4 abstenções, totalizando 356 votos. Clique aqui e confira lista com o voto de cada deputado.
PL ameaça qualidade do serviço público
Apesar de o texto prever genericamente que a Ebserh deverá respeitar o princípio da autonomia universitária ao administrar os hospitais universitários (HU) federais, a empresa seguirá as normas de direito privado e ainda facilitará a terceirização da mão de obra nos HU, que passarão a ser administrados sob a ótica mercadológica e não mais educativa, com função social.
Para as entidades críticas ao PL 1749/2011, essa inversão de valores favorecida pela criação da Ebserh, coloca em sério risco a qualidade do ensino, pesquisa e extensão praticados nessas unidades, comprometendo os serviços oferecidos nos Hospitais Universitários, através do Sistema Único de Saúde (SUS), que são fundamentais para grande parte da população brasileira.
“O PL não só levará à deterioração das relações de trabalho e da carreira dos trabalhadores dos HU por legalizar a contratação via CLT, como também fere a autonomia de forma contundente ao admitir ingerência nas atividades da universidade, bem como a cessão de direitos sobre a produção científica nos hospitais, principal campo de criação do conhecimento na área da saúde”, destaca Maria Suely Soares, terceira tesoureira do ANDES-SN.
Histórico
O PL foi encaminhado ao Congresso, em caráter de urgência, pela presidente Dilma Rousseff em substituição a Medida Provisória 520/2010. A atitude foi considerada, pelos contrários à criação da Ebserh, como uma retaliação do governo, após a derrota amargada com a queda da MP.
A medida provisória foi assinada pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva, ao final de seu mandato, no dia 31 de dezembro. Após ser aprovada na Câmara, apesar da grande pressão do movimento sindical para que os deputados vetassem a proposta, a MP 520/2010 acabou perdendo validade quando estava em debate no Senado e não chegou a ser votada pelos senadores, em 01 de junho.
Fonte: Andes-SN
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Que Ufam? Ufam para quê?
Neste momento de Congresso Estatuinte, lembrei de Darcy Ribeiro e de seu amor à Universidade. E lembrar Darcy me fez voltar ao discurso que proferiu na posse de Cristóvam Buarque como reitor da UnB: “Universidade para quê?” (Ribeiro, 1986), talvez a menor e menos conhecida obra de Darcy educador. Pequena apenas no pequeno número de páginas; enorme na profundidade das suas reflexões.
Dizer que Darcy Ribeiro foi um apaixonado é redundância. Darcy foi um homem que viveu intensamente, um homem que nunca se recusou a enfrentar os desafios do seu tempo com todas as suas forças; um pensador e orador apaixonante. Como diz uma de suas bibliografias, “Para Darcy, enfim antropólogo, escrever romances, fazer poesia são facetas dessa paixão pelo conhecimento. Mas essa paixão não era excludente. Pois estava amarrada às circunstâncias da ação política, da necessidade de fazer escolhas, de decidir e agir sobre elas.” (Gomes, 2000, 21).
“Universidade para quê?”, trinta e duas páginas densamente povoadas de compromisso apaixonado e entrega incondicional, que devem ser a tônica deste momento e que a Ufam se propõe pensar a si mesma a delinear novos caminhos para o seu futuro próximo.
Considerando as diferenças sóciopolíticas entre o momento do discurso de Darcy Ribeiro (1985) e os dias atuais, “Universidade para quê?” oferece uma indicação clara de qual Ufam devemos construir:
Uma universidade consciente de seu papel e do seu tempo, à qual não é mais permitido reproduzir o colonialismo de saber que historicamente marca o fazer acadêmico;
Uma universidade que não se subordine às mordaças do acordo de Bolonha que condena as universidades do Sul1 a se tornarem arremedos de instituições de ensino superior do Norte, reduzidas a cursos tecnicizantes, mero formadores de mão de mero formadores de mão de obra local especializada para o mercado global;
Uma universidade que não se resigne à condição de “universidade de mentira [...] tão insciente de si como contente consigo mesma” (Ribeiro, 1986, 4) no desempenho do papel secundário que lhe reserva a reestruturação do conhecimento imposta pela hegemonia do capitalismo global;
“Uma universidade de verdade”, que se constitua como um centro de “criatividade científica e cultural” (Ribeiro, 1986, 5), um espaço de discussão e reflexão crítica que seja capaz de alimentar o diálogo entre saberes diferentes, entre a ciência ocidental moderna e as muitas formas de compreender o mundo formuladas pelos muitos sistemas de produção de conhecimento não científicos, presentes ainda hoje em toda a Amazônia.
O Congresso Estatuinte é o momento oportuno para afirmarmos o nosso compromisso com uma universidade tomada por uma “postura indagativa de autoquestionamento livre e ardente” (Ribeiro, 1986, 5), o momento oportuno para deixarmos de nos lamentar como “viúvos de universidade” (Ribeiro, 1986) que não foi o que deveria ter sido, porque se apequenou aos ditames burocratizantes de acordos de cooperação internacionais
difundidos como uma nova forma de ser/fazer universidade, pelas condicionantes do mercado, pelos parâmetros quantitativistas das comissões de avaliação do MEC e CNPq, etc. etc. etc.
Que o Congresso Estatuinte marque a morte de uma universidade indigna desse nome, que descambou para uma docência descompromissada, para a mercantilização da pesquisa e extensão transformadas em serviços postos à venda no pregão de editais, para a Dedicação Exclusiva, princípio garantidor da excelência acadêmica, descumprida, violentada através de consultorias, assessorias e prestações de serviços venalizados e para o compromisso social esquecido, e que, como o “renascimento no rito de passagem (Ribeiro, 1986, 7), dele nasça uma universidade para ser como houvera sido: uma universidade amazônica, comprometidacom o destino de nossa região e nossas gentes; uma universidade que seja a “Casa da Consciência Crítica” (Ribeiro, 1986, 15).
Lá de onde estiverem (e certamente que estarão em boa companhia!), que Darcy Ribeiro, “mestre” Anísio Teixeira2 e Paulo Freire façam de nós, delegados no Congresso Estatuinte, seus “cavalos de santo” em defesa da Universidade como lugar de debate livre e autônomo de idéias, compromisso tão necessário nos dias de hoje,
quando a universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada sofre a ameaça constante de tecnicização do fazer acadêmico que ameaça reduzi-la a um “colegião”, mero reprodutor de conhecimento pasteurizado sem lastro no experimentalismo prático-crítico que deve caracterizar a vida acadêmica.
Depois de citar Darcy Ribeiro, o melhor é deixar ele mesmo falar: “Pode-se dizer da cultura erudita brasileira, que ela serviu e serve mais às classes dominantes, para a opressão do povo que a outra coisa. Muitas vezes foi como um enfeite, um adorno, quando não foi a legitimação do poder dos poderosos, consagração da riqueza dos ricos e a consolação dos aflitos com as realidades desse mundo. [...] O saber ou a técnica, por competentes que sejam, nada significam, se não se perguntam para que e para quem existem e operam, se não se perguntam a quem servem, se não se perguntam se há conivência do sábio com o cobiçoso” (Ribeiro, 1986, 9-10).
Essa deve ser a função do Congresso Estatuinte: fazer a Ufam repensar a si mesma, “com autonomia e em liberdade” (Ribeiro, 1986, 8); “ordenar, concatenar as ações, para fazer frente ao espontaneísmo fatalista e, sobretudo, para impedir que os oportunistas façam prevalecer propósitos mesquinhos. Impedir que o professor tal, muito competente às vezes em seu campo, porém com mais talento ainda para puxar o saco do ministro tal, para adular o senador tal, a fim de que o seu pequeno reino na Universidade cresça mais que a Universidade como um todo. Esta eficácia daninha destrói a universidade, tal como o câncer destrói um corpo. É um parasita que vive da carne da instituição que habita” (Ribeiro, 1986, 9).
Criar uma “livre universidade pública” (Ribeiro, 1986, 15), reinventar “uma assessoria cultural, científica e técnica, que seja independente e insubornável, composta por sábios, que não sejam servidores de ninguém, que não dependam de partido nenhum. Essa assessoria autônoma, só a universidade pode dar.” (Ribeiro, 1986, 15), esse deve ser o compromisso dos delegados estatuintes.
Parafrasendo “mestre” Darcy, a Amazônia “não pode passar sem uma universidade que tenha o inteiro domínio do saber humano e que o cultive não como um ato de fruição erudita ou de vaidade acadêmica, mas com o objetivo de, montada nesse saber, pensar” (Ribeiro, 1986, 5) a Amazônia de suas gentes como problema e solução.
PS: Dedico este artigo ao amigo José Henrique Mesquita, que morreu ano passado, e que falaria com muito mais paixão sobre o “mestre Darcy”, como sempre dizia ao lembrar-se dos seus tempos heróicos de UnB, e que se aqui estivesse certamente estaria ajudando a fazermos a UFAM com que sonhamos.
1
“Sul”, aqui, não em sentido geográfico, mas no sentidoutilizado por Boaventura de Sousa Santos, para
designar os países do “terceiro mundo”, colocados fora
do sistema hegemônico ditado pelos países do Norte.
2
“Mestre”, como Darcy se referia à Anysio Teixeira; e
como aqueles que lhe eram próximos se referiam à
ele, Darcy.
Referências:
Gomes, Mércio Pereira (2000). Darcy Ribeiro. São Paulo: Ícone.
Ribeiro, Darcy (1986). Universidade para quê? Série UnB. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
Santos, Boaventura de Sousa (2007). La Reinvención del Estado y el Estado Plurinacional. Santa Cruz de la Sierra: Alianza Internacional CENDA, CEJIS, CEDIB.
Lino João de Oliveira Neves é mestre
em Antropologia Social pela
UFSC e professor do Departamento
de Antropologia (ICHL) da Ufam.
Retirado de: Jornal da ADUA
Medo
O medo e a insegurança permitem ao Estado medidas simbólicas cada vez mais autoritárias, leis cada vez mais punitivas, legitimidas por demandas sociais de proteções reais e imaginárias, principalmente da elite. Além disso, justificam a criação de empresas de segurança e o apoio à privatização da polícia. Criam, ainda, uma indústria de segurança - grades, seguros, alarmes - que, na maior parte das vezes, fornece mais proteção simbólica do que real.
Por fim, legitima discursos oficiais de políticos, da impresa, de chefes religiosos, de "personalidades" diversas, sobre o aumento da violência e da criminalidade como resultado de uma sociedade em decadência. Como resultado, tem-se, por um lado, o fortalecimento de um imaginário da ordem, justificando uma dominação autoritária em potencial, uma diminuição dos espaços sociais, um isolamento gradativo e voluntário das vítimas prováveis, cujos resultados podem servir tanto como incentivador do individualismo, característico das sociedades contemporâneas, ou para a organização de grupos fechados, que, muitas vezes, tomam o aspecto de gangues.
Débora Regina Pastana.
Muito bom:
Café Filosófico - Medo e Temor - em 11 partes.
(DF) Reitoria da UNB é ocupada
Após 3 anos de espera pela construção do campus da Universidade
de Brasília (UNB) na Ceilândia, os alunos resolveram ocupar a
reitoria até que tudo seja esclarecido.
de Brasília (UNB) na Ceilândia, os alunos resolveram ocupar a
reitoria até que tudo seja esclarecido.
A reitoria está funcionando normalmente e as assembléias dos
alunos acontecem diariamente e a desocupação do espaço
somente ocorrerá caso as reivindicações abaixo sejam atendidas.
Retirado de: CMI
300 faculdades ocupadas em toda Grécia
Quarta-feira, 7 de setembro, estudantes de 300 faculdades em todo a Grécia votaram em assembléias estudantis a favor da ocupação de suas instituições. Quase a metade destas faculdades realizaram uma assembléia segunda-feira, renovando a decisão das assembléias na semana passada por ocupações e mobilizações durante os últimos dias de agosto. Os estudantes estão se opondo a Lei do Ensino Superior, de caráter totalitário e neoliberal, votada há poucos dias por deputados do partido governista Pasok, do partido direitista Nova Democracia, e do partido de extrema-direita Laos. Esta lei elimina o asilo universitário, o ensino gratuito e transforma as universidades em departamentos das empresas.
Enquanto isso, em 5 de setembro, na cidade de Récimno, em Creta, uns policiais secretas chegaram à porta da universidade local, exigindo entrar no campus para “averiguar se os estudantes ocupavam a universidade e informar a seus chefes”. É claro, não nomearam seus chefes quando foram solicitados a fazê-lo pelos guardas das instalações, que no final não foram autorizados a entrar no campus. Trata-se obviamente de uma arrogância e uma tentativa de intimidar os jovens, rebelados contra o regime, uma vez que as decisões das assembléias estudantis e ocupações são publicadas apenas após a conclusão das assembléias. Tanto eles e os seus amos devem receber a resposta que merecem.
A luta da juventude grega por dignidade e liberdade, contra o totalitarismo, o fascismo e a tremenda ofensiva do Estado e Capital, é uma questão que diz respeito a cada pessoa livre neste mundo. Vamos mostrar a nossa solidariedade da maneira que for possível.
Cenas da Greve Geral da Grécia em 2011.
Cenas da Greve Geral da Grécia em 2011.
Retirado de - Agência de Notícias Anarquistas
Encontro Purus Indígena - 20 a 23 de Setembro, Lábrea/AM
(Via Facebook)
domingo, 18 de setembro de 2011
Roberto da Matta em Manaus
Confirmada palestra do antropólogo Roberto da Matta em Manaus, no Auditório da Prefeitura, Avenida Brasil Compensa,19/09 às 19h sobre as ideias de seu novo livro "Fé em Deus e pé na tábua – ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil". Entrada Franca (Via Facebook).
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Portal UFAM: Estatuto da Ufam

A presidente da Comissão Executiva do Processo Estatuinte, professora Maria Audirene de Souza Cordeiro, informa à comunidade que o Congresso Universitário Estatuinte ocorrerá no período de 7 a 11 de novembro.
No primeiro dia, o credenciamento será a partir de 8h30. Às 10h, a reitora, professora Márcia Perales, vai ministrar na abertura oficial. Já a sessão para a escolha da mesa diretora está programada para iniciar às 10h30, após a decisão, o restante da programação deverá ser definida.
*retirado de: Portal UFAM.
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