quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quem tem medo de Greve na UFAM?



Não é de hoje que o fantasma da greve ronda os corredores da UFAM. Apesar de ser um dos mais fortes instrumentos da luta dos trabalhadores, causa arrepios nos estudantes. Funcionários preguiçosos querendo aumento, ideia que predomina entre os desavisados. Greve para quem?
Parte significativa dos técnicos administrativos está em greve de fato. A Associação de Docentes da UFAM (ADUA), em Assembléia Geral, decidiu manter o indicativo de greve pelos próximos dias. As duas categorias estão concentradas na mobilização de suas bases.
Esse movimento está longe de ser local, crescendo em mais de 50 universidades de todo país. Pelo menos duas reitorias estão ocupadas no país. As discussões estão longe da simples luta salarial. Medidas polêmicas como a Medida Provisória (MP)520/2010 e MP 525, apenas colocam em evidência o desmonte do ensino público. A mobilização dos trabalhadores da educação procura defender a educação pública e de qualidade no ensino superior. Nos últimos anos a precarização do ensino tem acelerado. O REUNI pode ser apenas uma dessas facetas. 
No próprio Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), alguns cursos novos sofrem com falta de professores. Nos últimos anos, a própria ADUA, foi uma das únicas entidades a discutir o crescente movimento de privatização da universidades públicas e os impactos do REUNI. Na parte estudantil a desmobilização encontra-se em estado crítico.
As últimas gestões do Diretório Central dos Estudantes (DCE) eram formadas majoritariamente por militantes de partidos políticos alinhados ao Governo Federal. Gestões abandonadas ainda são lembradas pelos mais atentos. Enquanto faltam salas para abrigar os C.A.´s do ICHL, estão sobrando salas comerciais no novo Centro de Convivência, que ainda está em construção. Episódio muito pouco esclarecido e divulgado no meio acadêmico. No momento em que ocorreu o XX Encontro de Pesquisa
Educacional do Norte e Nordeste, não temos nem banheiros limpos para apresentar. Falta estrutura básica, até mesmo para se tomar banho num dia de muito calor.
E quem sabe que deveria ter jantar no Restaurante Universitário? A burocracia e a desinformação são
mecanismos de poder sabiamente utilizados para ganhos pessoais. Muita gente ainda confunde os recursos públicos com as contas pessoais. E nesse ponto a UFAM ainda tem muito a aprender. Estudantes, técnicos e professores, formam a estrutura básica da Universidade. Fazendo parte do mesmo universo, os problemas de um afetam todos os outros. Trocar experiências e informações pode começar a mudar o quadro das coisas.

Dinâmica da Ocupação da UFSM:
Ocupação da Reitoria:


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